NÃO MAIS VIRTUAL...
Um fina tarde molhada
chuviscos deslizantes pela minha janela
levam-me a devanear a ela
nos passadiços das nossas vivendas
das nossas noites serenas.
Moldados aos meus
seus lábios incandescentes
tremendo e vermelhejando
explicitando sensualidades
tornando húmidos e indecentes
escorrem ainda pelas minhas saudades
marcados em explícitos momentos.
Feridas cicatrizadas
sensualizadas e curadas
quando do seu amor
era o meu unguento.
Seu cheiro na cama
ainda me inflama.
Seu néctar...me humedece
em pensamentos irados
sem você...padece.
Ventos uivantes
traga-me o seu perfume
deste ser que queima em lume.
Aplaque esta desejosa ira
que em canções de Lira
torne-a presencial
não mais, um virtual...