NA CASA DO CORAÇÃO
Põe a mesa lá fora,
debaixo do pé de amora,
uma cadeira pro vento,
outra pro sentimento,
espalhe a toalha de renda,
não se surpreenda
com o sol entre as nuvens olhando,
nem se vier uma chuvinha, dançando,
o tempo, parado, suspenso,
coroa este exato momento
onde se descansa da guerra de todo dia,
ao longe se escuta o coração da poesia,
rege a sinfonia o maestro de todos nós,
aquele que escuta o bem e o mal em nossa voz,
cerra os olhos o dia anunciando a chegada
da senhora de negro descendo as escadas,
a mesa desfeita, a felicidade levada pela mão
entra pela porta da sala na casa do coração.