O meu fado ...

Lutem vidas pelo meu destino,

que de há muito ... já me foi marcado,

trago a sina desde pequenino,

que o meu destino ... está no fado.

É nos sons desse trinar tão triste,

que elevo esta bela fantasia...

Numa voz modulada resiste,

a chama desse amor, que eu queria.

Morre esse fado na minha dor;

Grito que eu sinto na garganta...

Foi o despedaçar do amor,

nessa canção ... que agora canta.

Foi destino meu ... o acabar,

nesse fado belo que cantou...

Quedo triste a ouvir e sonhar,

porque minha guitarra ... calou.

Esses acordes ... minha desgraça,

eram agudos no seu trinar...

Por essa viela triste ... já passa

e nunca mais para mim quis olhar.

Perdeu-se meu fado na Ribeira,

minha guitarra na Madragoa...

E assim pela cidade inteira,

criou-se o silencio ... em Lisboa.

António Zumaia

Portugal

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 13/11/2005
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