COM TESÃO ARREPENDIDO
Jantar,
Este estranho teu paladar
de língua solta ,
fala sem parar enquanto come.
Dissolve o que vira máscara
masca o gosto do absurdo
contudo que possa voltar.
Como o fim de tudo
e sinto teu gosto nas
sobras do prato.
Meu assento raso
mal fiquei presente no ar
e acabo num doce picante
algo assim ausente de mel
flor de plástico pra decorar
quem sabe calar o perfume?
Não chamando quem eu quero ...
Desejo chamar quem suga!
quem retira meu gosto
A eternidade de amar o vulto
as sombras e o fim das contas
pagas com sangue, estremece.
Entre a prece desprotegida
deste teu olhar escorado
sobre o queixo sem vontade
de agarrar minha fuga , empobrece.
Joguei de propósito o lenço
Assustei teu ego sinistro
visto que tua boca comia vento.
Havia retirado o batom
noutra hora lá no banheiro
Era outro espelho seu raivoso
Primeiro me olhando invadindo
depois possuido hipnotico
meu corpo dançava caindo
Eu bebi o fel da pele selvagem
até descobrir onde estava
" o que me penetrava profundo"
e logo derrubei pra sentir o gosto
que tinha no chão....
Minha marca de lábios vermelhos
drink de aguardente frutada
fica no lenço umedecido
do que parecia que vinha
me explodir por dentro .
E sedento por palavras
De teatro dos bons amigos,
Agora tens a mesa garantida de noite
pra viver teu senhor de damas,
as copas precisam ser cozinhas!
Precisamos cuidar desta fome
La fora ouço lobos famintos...
Música de leitura: All them Witches/ Diamond