Eterna culpa
Ando triste....
Algoz fui e retalhei-me com adaga aguda.
Como vil acusador me ponho o dedo em riste.
A magoa dilacera minha alma...
um perdão inalcançável.
Condeno-me e sobejo em culpas....
os olhos ensombrados em lágrimas tão amargas.
Deixei de ser um protetor, um anjo acolhedor.
Deixei-os a mercê de seus medos.....
não permiti que vivesse a fase áurea da inocência.
Fui conivente com o terror das noites mal dormidas.
Destranquei a porta...
e permiti a entrada de traumas marcantes.
A vida seguiu para mim...
a eles não foram concedidos outra opção....
sentir somente o gosto acerbo da solidão!