RASGOS

O amor que outrora era meu

Transbordei em ti

Fazendo-me teu lar

Doando-te o meu mundo.

Mas quanta desgraça trouxe-me

Tal forma de doar-me

Olho para mim

E amaldiçoo o meu destino

Pois tal falta de sorte

Causou-me a morte.

Triste me é ver

Todo o meu tempo sagrado

No presente perdido

Em um lamento pesado.

Dentre tais fatos vividos

Meu peito rasgado

Vomita sentimentos faltosos

Que no vazio avolumam-se

Fazendo-me naufragar o olhar.

Traiçoeiro foi-me o caminho

Do teu corpo ao meu

Não corespondetes o meu amor

E no descaso mataste a reciprocidade

De toda patilha que apelei a ti.

Xícaras de Prosa
Enviado por Xícaras de Prosa em 15/10/2020
Reeditado em 07/04/2021
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