RASGOS
O amor que outrora era meu
Transbordei em ti
Fazendo-me teu lar
Doando-te o meu mundo.
Mas quanta desgraça trouxe-me
Tal forma de doar-me
Olho para mim
E amaldiçoo o meu destino
Pois tal falta de sorte
Causou-me a morte.
Triste me é ver
Todo o meu tempo sagrado
No presente perdido
Em um lamento pesado.
Dentre tais fatos vividos
Meu peito rasgado
Vomita sentimentos faltosos
Que no vazio avolumam-se
Fazendo-me naufragar o olhar.
Traiçoeiro foi-me o caminho
Do teu corpo ao meu
Não corespondetes o meu amor
E no descaso mataste a reciprocidade
De toda patilha que apelei a ti.