PATRIOTA II
Aborrece-me com grande sucesso,
a pátria amada de gente tão parva.
Um furor que brota da estupidez,
vestida de verdade entre porcos.
Uma banda desafinada.
Essa é a alegria das senhoras gastas,
e dos homens covardes que ejaculam sobre fardas.
A flacidêz de sua burguesia flatulenta,
vira pintura figurativa nas paredes rachadas,
por trás de onde se oculta o desejo abrasado.
De corpos infantis abusados sobre a bíblia consagrada,
brotam espinhos para furar olhos de santos culpados.
Vira tudo uma grande festa de fantasmas,
quando à noite, o hino é cantado com a mão ao peito.
Tanta história ainda por ser roubada,
e pouco tempo antes que se dê o dia de ser grato.
É onde comerão os pais da miséria retumbante,
a carne mais podre chicoteada pelo estado.