AS COISAS

Eu as sinto assim
num misto confuso
de finitos alcances,
de longínquos horizontes.

Eu as capto como
as horas sem tempo,
onde o limite apagou-se
e fez-se atemporal.

Eu as vivo assim
como o último hausto
do ocaso findo em cores
que recebe o brilhar das estrelas.

E na profundidade da escuridão
da noite limpa, lá está sedutora,
fazendo-se despercebida na distância,
a beleza que mora em todas as coisas!



Foto: João Brasil


ler pelo site do escritor
Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 14/10/2020
Código do texto: T7087295
Classificação de conteúdo: seguro