NÉVOAS
Eu realmente nunca soube mesmo
o que fazer com o verso que escrevo:
será que ele é de mais? Ou de menos?
Ele deve ser livre ou ter comprimento?
Será que é fruto de um estranhamento
que atravessa as janelas do pensamento?
Tem ampere? É positivo, negativo ou neutro?
Seria uma linguagem ainda em experimento?
— Não sei o que fazer com o verso que escrevo.
Talvez um poema perdido no meio do nevoeiro.