VERSOS ESPARSOS (84)

EU E O BURRO

Tardezinha benfazeja

saí eu a caminhar,

encontrei belo burro,

iniciamos fabular:

Anda solitário pela vida,

vida apenas, pena-vida,

gente de você duvida,

nenhuma pena perdida,

Pois burro não tem penas,

só penúria você tem,

eu sei que não lhe convém,

penas sem penas, apenas.