partes que movem

no mais, vida é assim,

agora, clara e destemida,

às vezes, como a coroa da

serpente...saber esperar,

arte pouco compreendida

se estamos diante do enigma,

o tempo pode ser reto como

o traço de uma flecha do

mestre da montanha, às vezes

circula, em círculos que nada

nos devolve, salvo a dor de

suas manobras, repetimos, quase

sem pensar uma vida já vivida,

reprise muitas vezes de um

claustro mal estruturado, mas

disso é o que nos propôs o

desejo e a verdade que nos

cala se queremos o sino de ouro,

do amor nada espero que não

seja o esplendor, sua luz inefável

que mal tocamos, mas não posso

lutar com aquilo ainda não se formou,

(não sei das suas predileções)

o substrato sem nome, o que

não defino, mas perturba como

uma criança birrenta, mas apenas a promessa

do que, no futuro, os olhos dos

camaradas passam alcançar, quando

quero pintar não me interessa se

o desenhou não passou no teste, mas

que ali existe algo que fez uma

parte das minhas partes se mover,