A Orquídea
Havia no meio da Mata
Orquídea bem singular:
Nunca deu flores, coitada,
Mas era de admirar!
Folhas lindas, onduladas,
No Vento pareciam cantar
E lá, longe dos Homens,
Sozinha vivia a reinar.
Um dia finalmente floriu,
Beleza igual ninguém viu!
Mas por sorte ou por azar,
Nesse dia "ele" surgiu!
Encontrou- a o moço poeta,
Avistando, resolveu retirá-la,
Pegou com muito cuidado,
Carregou para sua casa.
No começo era zeloso...
Lembrava um enamorado!
A orquídea era querida,
Cuidou, deu ótimo trato.
Porém o tempo passou,
Período da flor se findou.
Acabou ali todo encanto:
Resolveu só olhar a família
Largando ela em um canto.
A orquídea foi lá esquecida...
Murchando, feia ficou.
Um dia perdeu todo brilho,
Ao vento se desmanchou.
Agradeço o carinho do mestre poeta Solano Brum, que enviou -me esse presente lindo:
Venta o quanto puder,
Seja ele, como for...
nunca fara fenecer,
Bela roseira em flor!
Mestre J. Estanislau Filho, obrigada por seu carinho e lindo presente!!!
Orquídea voltará a florir
O sol benfazejo sua luz
A orquídea a sorrir
Pelos versos que compuz...