o fogo

o fogo

o fogo

o carvão

a cinza

o vento

a poeira escurecida

dos anos queimados

o fogo persiste,

a ilusão, o grande

cão de mão tortas

também persiste,

nessa luta, sou o fogo,

mas também sou essa

lente desbotada, a cobra

morde o rabo, quem saberá

dessa cova quando o céu se abrir,

quem dirá com letras de ouro

percurso desse estranho, sento

á beira da barraca de pastel, vejo

as crianças, e os homens que um

dia também o foram, todos comem,

nenhum deles sabe dessa carnificina