Rompante
Rompante
Em meio à irreflexiva agressão
Rompe em estrondoso o brado
Ribomba de forma ensurdecedora
Em loucas ofensas, pobre desvairado
Em meio à pura pretensão
Não permanece calado
Supõem detentor de causa vencedora
Mas é um tolo alucinado
Em meio à torpe alienação
Corre louco desesperado
Vítima de sociedade escarnecedora?
Não! Mas pagará seu pecado
Em meio a não preservação
Fenece aos poucos, oh! Desalmado
Vê-se entre garras dilaceradoras
Seu corpo esquartejado
Em meio ao perdão
Que me pedes ajoelhado
Tantas súplicas apassivadoras
Em teu sofrer, permaneço enojado
Eduardo Benetti