A Curva do Caminho

Aqui se semeava a quimera

Nos dias que eram cativos da solidão.

Aqui também se festejava a primavera

Em qualquer amor que chegava que, então,

Era sempre o primeiro, depois da espera...

E houve dias de ilusões crescidas,

E noites de santos prazeres,

Que me fazia herdeiro das manhãs coloridas...

Na curva do caminho de antes,

Onde as nuvens se desenham fortes,

E as sombras saltam soluçantes,

Meu sonho de amor sofreu mil mortes...

Mas, hoje, a minha poesia, em incólume luz,

Reúne os meus versos, já em pedaços,

E no desejo de te amar, em que se traduz,

Só se inspira na flor dos teus abraços.

Santiago Cabral
Enviado por Santiago Cabral em 08/10/2020
Código do texto: T7082805
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