LÁ NO SERTÃO...
Borba Recifense: Versos ímpares
Aila Brito............: Versos pares
Indo buscar em total imaginação
Onde não há limite, nada a segura
E neste lugar, sem cenários definidos
Onde qualquer verdade se desfigura
E sem alguma vantagem, sem escolha
E nada adianta ser alma dita pura
E vagando por caminhos arbitrários
Desejosa dos sonhos em aradura
Tateando por terras desconhecidas
Permeando a alegria e a agrura
Colhendo dos anseios, o melhor fruto
Vale-se da esperança, em armadura
Mas sem forças para avançar no viver
E vendo apenas áridas miragens
Sem poder mudar visão e pensamento
Condenada a vivenciar só estas imagens
Sem poder sequer gritar por socorro
Pois está só, nestas infindas paragens
Relembra seus momentos de alegrias
Liberta... Entre a fauna e as folhagens
Concentra seu pensar na natureza...
Agora vive em meio a estiagens
Sofrendo com a fome e a falta d'água
Oh, Deus! Traz ao sertão novas paisagens!
(Grata, poeta BORBA RECIFENSE, por mais um
trabalho a quatro mãos e um só pensamento. )
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Belo comentário/ interação do poeta ANTONIO DE ALBUQUERQUE. Grata!
No sertão, também tem poesia,
revoada de pássaros,
o cantar da acauã,
tem festa de arreio e cantoria,
tem também a felicidade espargindo alegria,
tem a morena faceira e o tocador de viola,
festa dos trovadores e poetas sertanejos.
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Belo comentário/ interação da poetisa ESTHER
LESSA. Grata!
Nossa! Vocês caminharam numa aridez que se deseja
fértil, buscando em esperança,o benfazejo alento... e
os sonhos de outras vivências menos secas e murchas,
mais alegres e com frutos suculentos... o desejo firme
de outras visões de paragens indolores...um caminhar
sofrido, poeirento sem muita força , mas, ainda assim,
uma fé que clama por novos rumos que possam chegar
com a água, extinguir a fome e trazer um novo olhar
sobre novíssimas e exuberantes paisagens...