POETA, PARA QUE?
Meu caro confrade, vou te responder
O poeta serve para colorir a dor
Para filtrar o sofrer e morrer de amor
Para desinventar o silêncio e sobreviver
Serve para enfeitar a solidão
Para lustrar os devaneios
Para regar planos e anseios
Para realizar com furor a ilusão
O poeta serve para iluminar o sentir
Serve, para encantar os destinos
Para revelar a magia e o fascínio
Que dormem nas entrelinhas do existir
Quando o ser humano não mais percebe
A carícia do toque fino do tempo
Vem ele, traduzindo o canto do vento
É só para isso, que o poeta serve.
Só para isso, meu caro Confrade!