EMBRIAGOS VALSANTES

Nas semicolcheias de Mozart

taças transbordando embriagues

meu piano agora fadado

ouvido o canto da sua vez.

Sussurros em contralto

deslizantes ao meu ouvido

não mais amor ferido

dueto meus ao seu canto

uníssonos em pranto

a tamanha emoções.

Vestuários pela sala

no calor da nossa fala

desnudamos aos sons dos clássicos

nos beberico de Mozart

taças vazias caídas

valseamos nus

nos entrelaço dos meus braços

emoções que nos fazem jus.

Encerro meu piano

uma noite comumente alvissareira

repousantes sobre pétalas

ao beiral do calor da lareira.