Fio de Ariadne
A tempos, bem mocinho, dali partimos,
Severo pai - fui - pois sou bem criado.
Migrantes que careciam: seguimos!
Abandonar! Buscando sonho sonhado.
Para eu foi no pior dos momentos:
Deixar minha primeira namorada,
Que há pouco, em febris juramentos,
Pura perpetuidade... tramada!
Temores e descompassos chorados.
Na despedida última: lagrimada!
Em vil separação, amargurados.
Não nos perderemos, jura sagrada.
Fio de Ariadne, almas algemadas.
Reencontrar, doce mútuo desejo.
Tempo - vilão - duras dores choradas.
Recompensas, que feliz, antevejo.
Família no bom; não mais carentes.
Emancipado. A vida não me perdeu.
As juras - o fio - firme como correntes.
Guia, doce volta aos braços que sofreu.
Encontro almejado e sonhado...
O frio sorriso! Gélido coração!
Na ilha de Naxos, me fui deixado,
Antes da real aliança, comunhão.
Destinos, rumo assaz diferente.
Sem mágoa, só, amarga saudade.
Fila que anda. Aqui: sempre presente!
Prosseguir:.. buscando felicidade.