PENAS AO VENTO

Um breve e brando trinido

sussurrando de arrulho

como a "Lira de Orfeu"

guiando caminhos impuros

e encontrei meu camafeu

A "Lagarta Mãe" que me tece

irrompi labirintos escuros

meu "Novelo de Teseu"

sem ser só uma pena ao vento

o amor que assim me envolveu

A vida de trem sem horário

ganhou seu itinerário

o manto de luz me envolveu

em ti vejo mais pontes a muros

sem ti eu não era nem eu.

Paulo Cezar Pereira
Enviado por Paulo Cezar Pereira em 05/10/2020
Reeditado em 04/05/2024
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