(a alma do tempo)

a alma do tempo traz

o veludo das margens

nos olhos quintais

traz nos pés intrincados espelhos

sinais trocados nas mãos

que modelam segredos

e nas bocas famintas

serpentes fatais

traz o eco de uma manhã rechã

soletrado em berro breve

revelando a frágil estrutura pagã

traz as tardes no começo

e as noites preguiçosas da linha do equador

fugindo do caos cotidiano

digo com encantamento e amor:

'é preciso tocar a vida

como quem toca as estrelas'

Poemúsica
Enviado por Poemúsica em 02/10/2020
Código do texto: T7078187
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