AS COISAS

Eu as sinto assim
num misto confuso
de finitos alcances
de longos horizontes.

Eu as capto como
as horas sem tempo
onde o limite apagou-se
e fez-se atemporal.

Eu as vivo assim
como o último hausto
do ocaso findo em cores
que recebe o luzir das estrelas.

E na profundidade da escuridão
da noite limpa, lá está sedutora
fazendo-se despercebida na distância,
a beleza que mora em todas as coisas.




ler pelo site do escritor
Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 01/10/2020
Código do texto: T7077076
Classificação de conteúdo: seguro