REENCONTRO II
A vida de dois seres que se amam
pode tomar diferente rumo,
decepcionados nos ares proclamam
o fim.
Passos em linhas paralelas,
seguindo o prumo,
não se cruzam ... Assim
seguem absolutos ... Almas belas,
entretanto carregam sentimentos obtusos,
na essência confundidos, confusos.
Mas o tempo cobra ... E como cobra!
E quando perguntou do amor,
emudeceram e no vazio silente
o coração evidenciou a dor;
E quando a saudade perguntou do futuro,
ocultaram-se ante uma máscara,
pra não denunciar o que o olhar não mente;
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Reticentes amantes saltem sobre a soberba,
atravessem o muro da insolência,
posto que nas reviravoltas da vivência
pode haver um ponto pronto,
pronto pra unir duas linhas, dois destinos,
que teimosamente resistem um reencontro,
contudo como o sol resplandece,
certamente esse reencontro um dia acontece;
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Ceticamente enclausurado no Éden de Oz,
hoje nada mais depende de nós,
a hora se foi no dia após...
17/10/07
ANDRADE JORGE
(reescrito)