Silêncio
De onde os sons que atingem minha alma?
Sinos? Sirenes? Festas? Sofrimentos?
Ouço, me aquieto, tento interpretá-los...
mas... emudecem... somem, se acovardam.
Se me aventuro, novamente surgem,
me alucinam, sem piedade alguma.
Mas, se me calo para entendê-los
riem baixinho...mudos, escondidos.
Não os decifro, por mais que me esforce.
Falam mais alto quando canto e danço.
Cubro a cabeça para não ouvi-los.
Tal qual a música...eles vão calando...
Consigo, agora, perceber quem sejam
esses ruídos que me tiram a calma.
São vozes tuas que tentam e conseguem
que eu silencie... enquanto tu não voltas.