LINGERIE
Naquele quarto calmo,
ouviam-se apenas murmúrios,
Paredes pareciam frias,
E nós preso no silêncio,
Em cada canto seus detalhes
Euforia de nós
Na inocência da voz.
Ebulir de dois corpos
Sua seda de uma linha,
Meus olhos perdidos,
Quão macia e revestida de sensualidade,
E aquele almíscar na mistura de jasmim,
Fez nascer em mim
Loucuras infinitas enfim,
Meus olhos assaltaram
Naquele minuto cresceu o desejo selvagem,
De rasgá-la em teu corpo,
E seguir a louca viagem,
Sua pele sedosa e prazerosa
Convidada-me para prosa,
Fez-me vislumbrar em ti rosas
Meus dedos afastaram-na
E puxei-a vorazmente
Rasgando-a para deixar marcas em ti,
E no interior sentia molhada
Igual terra fertilizada para a plantação
Seus lençóis molhados de ansiedade
Pronta para matar dá saudade
Suplicaste para jogá-la ao lado
E tocar sem pudor
E fazer delirar sua razão de mulher
No ápice do prazer
Puseste-te aos palavrões
Em várias posições
Não contendo a excitação
Daquele momento de inspiração
Proporcionado inicialmente
Por aquela calcinha vermelha
Na tamanha ilusão da paixão em centelha (...)
(M&M)