Passagem do tempo

 

 

A passagem do tempo tão vivo na imaginação.
Vê um céu de nuvem escura ao se transformar,
em sua cor paixão... disfarçou-se de esperança
para confundir o amor, e ele não se aproximar.

Os campos se cobriram de um verde azul suave,
o rio por sua vez, esqueceu a cor antiga do céu
cobriu-se- de um sol avermelhado e nem existia.


Correu para o mar bem apressado, incansável.
Às  margens, o tempo o seguia... cobria a areia.

A chuva veio em abundância, tirando toda cor,
apressada ia mar a dentro, ondas empolgadas
com alegre egoísmo, iam expulsando as sereias.

Assistindo esse desencanto, o amor sobrevoava.


À espreita ficava a razão, instigando a emoção,
com medo, feito gaivota fugindo da tempestade.

Algumas plumas molhadas não seguiam, eu vi.

O  dia sem nada para dizer, ignorava o amor ir,
covardemente desaparecendo sem se despedir.


A noite por sua vez, já se enfeitava,  queria voltar

acalmando um olhar sonolento, louco para sonhar! 
Era a vida acontecendo, o tempo não sabia amar,

só sabia chorar de tristeza e sentir saudade.

 

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 28/09/2020
Reeditado em 16/10/2024
Código do texto: T7074514
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