Passagem do tempo
A passagem do tempo tão vivo na imaginação.
Vê um céu de nuvem escura ao se transformar,
em sua cor paixão... disfarçou-se de esperança
para confundir o amor, e ele não se aproximar.
Os campos se cobriram de um verde azul suave,
o rio por sua vez, esqueceu a cor antiga do céu
cobriu-se- de um sol avermelhado e nem existia.
Correu para o mar bem apressado, incansável.
Às margens, o tempo o seguia... cobria a areia.
A chuva veio em abundância, tirando toda cor,
apressada ia mar a dentro, ondas empolgadas
com alegre egoísmo, iam expulsando as sereias.
Assistindo esse desencanto, o amor sobrevoava.
À espreita ficava a razão, instigando a emoção,
com medo, feito gaivota fugindo da tempestade.
Algumas plumas molhadas não seguiam, eu vi.
O dia sem nada para dizer, ignorava o amor ir,
covardemente desaparecendo sem se despedir.
A noite por sua vez, já se enfeitava, queria voltar
acalmando um olhar sonolento, louco para sonhar!
Era a vida acontecendo, o tempo não sabia amar,
só sabia chorar de tristeza e sentir saudade.