Frágil pássaro
 



A sua inquietude me aflige, ave alma.
Canta tão suave quase não se ouve e tanto voa!
Não se sabe porquê. Pousa apressado e some,
Ave inquieta, cante quero ouvir você.
Que desencanto, não posso em suas asas agarrar.
Frágil também sou... Não somos felizes, nem tristes,
você sobrevive à voar, eu sobrevivo de amor.
Escrevo sem saber se esse amor resistirá.
Nem você nem eu nos damos conta, que seu canto
e meus versos, não chegarão a nenhum lugar.
Chega a noite, sem graça adormecemos, e matamos 
sonhos... Dos nossos olhos escorre a tristeza.
Cheios da beleza  do mundo, tentam descansar.
Ave pobrezinha, eu tão pobre estou, somos o desejo,
àquele que dormiu e nunca mais acordou.


 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 27/09/2020
Código do texto: T7073623
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