Vaga-lume
Quando eu estiver para morrer
vou fugir para um lugar muito,
mas muito distante,
onde ninguém possa me achar,
nem mesmo a morte,
ali ficarei para sempre
fazendo ao menos uma poesia por dia,
molhando os pés no riacho,
tomando banho de sol sentando em uma pedra aconchegante,
caçando borboletas para prendê-las no jardim que para elas irei preparar,
durante a noite minha profissão será contabilizar vaga-lumes
se as estrelas ainda estiverem tão distantes.