Vaga-lume

Quando eu estiver para morrer

vou fugir para um lugar muito,

mas muito distante,

onde ninguém possa me achar,

nem mesmo a morte,

ali ficarei para sempre

fazendo ao menos uma poesia por dia,

molhando os pés no riacho,

tomando banho de sol sentando em uma pedra aconchegante,

caçando borboletas para prendê-las no jardim que para elas irei preparar,

durante a noite minha profissão será contabilizar vaga-lumes

se as estrelas ainda estiverem tão distantes.

Pedro Zapata
Enviado por Pedro Zapata em 27/09/2020
Reeditado em 30/01/2024
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