O Pecado
De tempos passados e mundos perdidos
De ruas escuras e horas vazias
Dos que vivem sonhando e aflitos
De onde vem a esperança tardia
De onde se planta a semente podre
Do solo árido, seco e sem vida
Do desejo insano e torpe
Do amor que cura e faz a ferida
Da solidão amarga da morte
Do veneno no copo de alguém
Do miserável que perdeu a sorte
Do malmequer que já não tem bem
Nas curvas da vida
Nos dias de breu
Da maçã mordida
Foi que ele nasceu