"O que é o homem na natureza? Um nada em relação ao infinito, um tudo em relação ao nada, um ponto a meio entre nada e tudo"

Até quando vou negar o negativo que me chama?

Não o da dialética Hegeliana,

Mas o da tua

Tamanha insignificância.

Ausência de significado

Que me sobrepõe a norma.

O valorar que te põem

É o que te sustenta,

Mas quando tu a ela cobra,

Te mostra tamanha insignificância.

Que transcende a lógica materialista,

Ou romântica.

Que me soma,

E subtrai.

Que me diz,

Que não basta tentar explicar o sujeito,

A persona, e as relações de poder,

Se não me dizes o que é

O ser,

O não, não ser?

As repetições dos significantes?

O estático ou dinâmico?

Ou talvez,

O estático do dinâmico?

Se nada tens a concluir

É porque não há conclusão,

Ou talvez

A negativa seja a resposta.

Até quando negarei tal negativa ou nem tanto?

Lugar que puxa,

Abismo

E...

Silêncio.

Até quando irei?

Até onde irei?

Sobre o Heráclito,

Tal logos pode ter sido gerado

Ad infinitum.

Tantos esquemas,

E me tirem os alegóricos.

Em meus estudos de religião

Antítese é o que sobra.

Passado a beleza,

A simetria

E a elegância,

O que sobra?

Passado as refutações das interpretações

de Filón de Alexandria, o por vir dos gnósticos,

Com toda a epistemologia Kantiana,

E exemplos do que "levaria",

Para ti, não desejada consequência,

E se sim,

A não tão bem fundamentação.

O que é fundamentação?

Lembre-se, bem antes, Platão,

Explicado a crítica do idealismo,

E o excesso de racionalismo,

O que me sobra?

O que me sobra de tudo isso?

Eu poderia me estender mesmo isso sendo uma poesia,

Mas...

O que sobra de tudo isso?

Oaj Oluap
Enviado por Oaj Oluap em 26/09/2020
Reeditado em 23/08/2021
Código do texto: T7073133
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