Amor, pequeno amor.
Ela tira a roupa.
Ela apenas fica nua.
Ela está completamente aqui, bem aqui.
Lindos pêlos, perigosas curvas
e eu penso: como um coração tão indiferente
bate no fundo desses seios perfeitos?
Centímetros me separam
de uma Deusa impiedosa e pelada
mas estranhamente, sou eu que
que estou com vergonha.
- Por que o silêncio?
Eu escuto as palavras.
Seus olhos me levam.
A boca dela se movimenta,
mas o som sai de um lugar distante,
um lugar tocado apenas por raios do sol
e pelas chuvas das tempestades:
- Minha boceta comeu a sua língua, querido?
- Não, por enquanto só minha dignidade e o meu coração.