Sumiços

É a chave que desaparece

É a palavra na ponta da língua

Que evapora sem deixar fumaça

É a mata que some

É o dinheiro que ganha pernas e foge

É a caneta que estava ali e não está mais.

É aquela senha importante anotada no papel

A ilha no meio do mar que não está mais lá

O ritmo da música que não se lembra mais

A ideia perfeita escondida dentro da cabeça

É o juízo de alguns jovens que não se vê mais

É o arame de amarrar o saco de pão que some...

...e misteriosamente reaparece.

Então há uma esperança para as demais coisas sumidas.

24/09/2020

Miguel Rodrigues
Enviado por Miguel Rodrigues em 24/09/2020
Código do texto: T7071195
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