Sumiços
É a chave que desaparece
É a palavra na ponta da língua
Que evapora sem deixar fumaça
É a mata que some
É o dinheiro que ganha pernas e foge
É a caneta que estava ali e não está mais.
É aquela senha importante anotada no papel
A ilha no meio do mar que não está mais lá
O ritmo da música que não se lembra mais
A ideia perfeita escondida dentro da cabeça
É o juízo de alguns jovens que não se vê mais
É o arame de amarrar o saco de pão que some...
...e misteriosamente reaparece.
Então há uma esperança para as demais coisas sumidas.
24/09/2020