TODO DIA É UM DIA QUALQUER

Manhã febril, um dia gélido.

Os braços cansados e os olhos despertos.

Todo dia é um dia qualquer.

A boca dormente e a carga é muito pesada.

A inspiração vai se esvaindo pelo ralo temporal

Que teima em se fazer presente.

Até que se pode tentar fugir, se esconder ou fingir ciência.

Mas não há direção.

Uma manhã febril, um dia quente.

Dentro do quarto se passa um filme.

Se reconhece o protagonista.

Todo dia é um dia qualquer.

O roteiro é apresentado, uma sinopse interessante.

Não há muito tempo para um longa metragem.

Só há o dia. Só há o instante. Só há a imagem.

Apenas se sabe que os dias não são iguais,

Mas todo dia é um dia qualquer.

Gleidston de Aragão
Enviado por Gleidston de Aragão em 23/09/2020
Reeditado em 01/10/2020
Código do texto: T7070468
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