Azul
Me faço destino
Ao laço do coração te sinto
As lembranças de sorrisos
em direção ao Norte.
Minha vida foi-se ao mar
Pintei minha alça de azul
Carreguei-me a sorte de ser lançado
pela penumbra
Sorri nos dias
assim como sangrei nas noites.
Caminho por este precipício
Vejo o fim e vejo um novo início
Se pulo, sou fiel à mim
E quanto mais resisto
deixo-me entrar na floresta
buscando meu jardim.
Sou de aurora boreal,
flores na alma e língua doce.
Encontro as cores entre as linhas do corpo
Sinto o jardim vagar em mim
Balanço aqui,
sinto o vento e não me deixo cair.
Se há de reacender-me na mesa
coloco porcelanas azuis para
dizer-te minha beleza.
Acarinho as cortinas,
aguardo sob a penumbra
pelo passos na natureza.