OLHARES

Olhares ausentes

Em sorrisos finitos

Inquietos

Turbulentos como ondas

Que já não chamam mais atenção

De quem alheio está

Ao barulho do (a)mar.

Navios naufragam

Nas profundezas desse olhar

Que por estar perdido

Na imensidão do nada

Sobrevive a tudo.

Isolado em sua ilha

Distante

À espera de socorro

Que se faz tardio

Por parte daqueles

Que se tornaram incapazes

De ouvir os gritos silenciosos

Que ecoam

Desses débeis olhares

Dispersos

Em meio a sorrisos

Que não são seus.

Xícaras de Prosa
Enviado por Xícaras de Prosa em 22/09/2020
Reeditado em 07/04/2021
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