OLHARES
Olhares ausentes
Em sorrisos finitos
Inquietos
Turbulentos como ondas
Que já não chamam mais atenção
De quem alheio está
Ao barulho do (a)mar.
Navios naufragam
Nas profundezas desse olhar
Que por estar perdido
Na imensidão do nada
Sobrevive a tudo.
Isolado em sua ilha
Distante
À espera de socorro
Que se faz tardio
Por parte daqueles
Que se tornaram incapazes
De ouvir os gritos silenciosos
Que ecoam
Desses débeis olhares
Dispersos
Em meio a sorrisos
Que não são seus.