TEMPO

TEMPO

Quem de nós pode julgar?

Quem de nós é isento de falhas?

Nossa herança, é achar que o tempo nos pertence!

Que o tempo é nosso subordinado!

Ingênuos retrógrados, olhe os mapas!

Estude suas miscigenações.

Reveja teus caminhos.

E antes de julgar e condenar os mais velhos!

Olhemos os mapas, a mão pinceladas em traços únicos,

Alguns finos, outros mais largos.

Mas cada qual, exclusivos, delineados em nosso corpo.

Feito pelo cartógrafo mais experiente do universo Sr. Tempo!

Que com muita humildade, sabedoria e paciência.

Nos concede horas, que achamos quando jovens nunca findar, adiando aos amados visitar!

Após minutos, aos quais assolados pelo desgastes da sobrevivência, por um descanso a suplicar!

E por fim, os segundos, que num turbilhão de lembranças,

Nos faz arrepender de não ter dito no mínimo, benção aos que nos zelaram!

Retornando a fração de segundos, suplicando como servos a clamar por arrependimento.

Como consolo, pela falta de resiliência.

Lhes dará apenas o tempo da eternidade, em sono eterno!

Mas, já se faz tarde e na areia da vida, jaz o último grão de areia.

Que retorna ao Sr Tempo, que há alguns, concede virar a ampulheta.

Para com tempo prorrogado, horas, evolua!

Para com tempo prorrogado, minutos, amadureça!

Para com tempo prorrogado, segundos, agradeça!

Para com tempo prorrogado, milésimos de segundos,

Valorize o durar de um seu, suspiro segundo!

(Nane Bochete 15/07/16)