O POETA DO FIM DO MUNDO
Dentro dos dias
E fora do mundo
Estou sempre em fuga,
Ausente de mim e dos outros.
A imaginação é meu território,
A palavra minha casa.
A revolta minha língua,
E a angústia meu enunciado.
Escrevo contra todos os livros
E verdades.
Minha tese é o delírio.
Não tenho apreço pela humanidade.