Filha do meu útero metafísico
Minha poesia é uma musa da noite
Não sei se é uma ninfa ou galatéia
Mas é uma alma delicada e bela
Que sai pelas madrugadas
Desafiando os véus do sobrenatural
E repousa seu corpo sob o meu amado
Em busca de fazer amor
Sedutora
Ela o beija da cabeça aos pés
Sussurra versos apaixonados e faz cafuné
Como cachoeiras de fogo ela debruça os cabelos em seu peito
Tem um coração fébril de paixão
Lambuza seus lábios com mel
Passeia pelos seus sonhos
E depois os borda no meu coração
Sua pele de cetim erótico
Imita as pérolas e asas de fadas
Tem os olhos dos meus olhos
Tem as mãos das minhas mãos
Tem o coração do meu coração
Ela é o rincão da minha emoção,
Você revira sob o lençol
E o meu corpo faz um nó
Se você se vai
Minha poesia se entristece
E um anjo do céu desce
Para tomá-la nos braços e trazê-la para mim
Minha poesia... a musa da minha vida
É filha do meu útero metafísico
É o raio no meu pescoço
É o osso do meu espírito
Construindo a trilha dos meus pés
Que caminham em busca do amor
É a pomba dos meus cabelos
É a minha admiradora secreta
É a flor mais bela
É uma fruta ordinária que eu mordo
Moça reluzente e bailarina
É a coisa mais linda
Que nasceu no meu ser