Metamorfose

As vezes sou surpreendido com o embargo na voz, perplexo pela força da lágrima que caí e me prende, destrói..

Nisso, revela-se toda minha humanidade e fico nu diante a inerente fragilidade escondida em mim. Meu grito torna-se afônico, em vão é meu pedido de socorro!

Minha mão ressequida e sem forças me impede de agarrar um simples galho seco dê ajuda. As vezes sou detido pela tristeza que se avizinha entrincheirando-me na minha fraqueza, me algemando ferozmente..

Mais uma vez, isto me remete a minha limitação e incapacidade momentânea, ali, em meio ao caos, resisti e ainda resisto. Insisto, persisto e acredito que ainda há sorrisos que enfeitam o mundo. Ainda há semblantes que encantam feito a primavera. Ainda há sentimentos reais. Ainda há esperança…..

De novo minha voz embarga, agora porém, emotivo e restaurado, refeito daquilo que sofri..

Renasci por aquilo que vivi e passei a crer que vida é um fênix..

Quanto a mim, sou uma metamorfose…

By Marcos Lopes (Alquimista das letras)
Enviado por By Marcos Lopes (Alquimista das letras) em 19/09/2020
Reeditado em 04/02/2021
Código do texto: T7066875
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