Ao cair da noite.
As vezes ao cair da noite,
Lembro-me de coisas que não vivi,
De quando era criança, luzes ascendia inocência.
Lembro-me dos erros que não cometi, de dizer com dureza e viver sem leveza.
De quando era decrépito, penumbra e indecência.
Ouço vozes, pego as palavras com as mãos...
Lembro-me do veneno que não bebi, de vivenciar sua perda, dolorida sentença e louvor.
Talvez haja sangue em meu caminho, em minhas mãos haja o tempo.
Ouço o vento, agarro as dores com as mãos...