Ainda que a solidão se aquiete
No canto esquerdo do peito...
Não saciará a minha sede:
Boca seca da alma.
Perde o fôlego em instantes.
(...)
A dor da distância,
Aspirada pelo tempo
Guarda suas lembranças:
Acobertadas...
Como se aquecê-las fosse suficiente,
Para apagar os arrepios ora sentidos na nuca.
(...)
Diga-me por que o resgate é inevitável,
Mesmo que sepultado estejam todos os sentimentos,
Na cova da desilusão?
(...)
Por que o amor transita num campo tão vulnerável?
O meridiano.
Anti(meridiano).
Pólos.
Negativo e Positivo.
Atração e Repulsão.
(...)
Solidão se assanha com a dor.
Viu nela sustentação,
E a atraiu para sua morada.
Dormem juntas, inseparáveis.
Solidão também ama...
Em silêncio.
Afagando a dor,
Que não se conforma,
Por se perder no tempo.

 
 
 
Mônica Cordeiro
Enviado por Mônica Cordeiro em 18/09/2020
Reeditado em 18/09/2020
Código do texto: T7066685
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