A TERRA DOS PÉS

Levo uma terra sem nome

No rosto dos pés.

Lugar contra o chão,

Indiferente ao céu

Que reinventa meus passos

Na contramão da cidade.

Sei o espaço aberto

De um chão futuro

Inumano e selvagem.

Sei que em um dia qualquer

A natureza

Nos livrará do pesadelo da humanidade.

Só então será possível

Inventar em nós

Territórios vivos

De absurda liberdade.