Poemas
O que tenho pra ti não é folhetim, é o mundo todo.
O que tenho é teu
e não está nas vitrines, não verás!
Tenho sentido em meu peito
o teu coração bater aflito
nesta bagunça de quereres,
e p'ra nos descançar, medito,
Pois o tempo não passa.
Te ver nos meus olhos, já vi!
De cara p'ro espelho te vi nas retinas... e o tempo passou, me perdi
Te imaginei pela manhã
na mesa, p'ro café;
com direito aos primeiros raios de sol
Estavas sorrindo lindamente.
Meu jardim prostrou-se alegre
Lá, falei de ti para as rosas quando as enfeitava para o entardecer
Evitei os rumores aos girassois,
eles falam demais...
Espero em silêncio tua voz.
Eu te leio...
Por que apagastes em seguida quase a minha vida?
Está evidente que o céu jogou-me mais de uma estrela cadente.
Ah, o que nos prepara a vida!
Pensei que fosse chorar,
já vivi de partidas.
Podes dizer algo para me acalmar?
Meu eu criança ficou p'ro jantar,
Sentou-se a mesa e escreveu cartas, cartas e mais cartas... pra ninguém;
Na verdade eram apenas poemas.