A Virgem Mais Desejada
Uma bela mulher passou aqui
Se escondeu no entardecer
quando o vento disse adeus
Ó como és belo amigo céu
Com azul na morada dos olhos
Pois descansando anjo está
Num sorriso de juventude
Ao longe irei de encontro
Nos sonhos de sol eterno
Em busca de amor e fantasia
Na beleza do sorrir de moça
Que brinca no verde da Esperança
No final da tarde vem a noite
Com luar de um dia brando
Eu sendo amigo do carinho
Em Mulher bela e gentil
Dos seios o Paraíso.
Pois quanta paz sinto
Entre fadas azuis
Flores de uma poesia
No sorriso das estrelas
No mistério da serra
Em uma solidão de muitos amigos
Quando a luz do dia me falta
Mesmo na lágrima cálida
na transa prazerosa
na boca de muito Mel
do desejo de tantas luas
No findar da vida
na nudez de venusto anjo
Quero abraçar o sagrado
Rodopiar com minhas asas
Ver o sol dizendo te amo
No pecado do orgasmo Vivaz.
Poderei ser um conto
Uma canção de êxtase
De um céu de menino
No primeiro transar à toa
Onde deuses bebem
Onde deusas trepam
Onde a lua desmaia
Onde o sol me leva para casa
Pois sou poeta do pouco
Da noite que me arrouba
Num segredo que morre
da tarde que vai e nunca mais...
Ó carinho da vida
Seios de menina
Desejo arfante sem ar
Gosto dos olhos do teu luar.
Mesmo que o dia não renasça
E essa lua me esnobe
Do belo de mim em palavras e música
Sei que alguém brinca
no Horizonte onde se vai a luz
Quero sonhar apenas
Com bondosos anjos
Levantando minha face
Ao olhar meu ser
Chamando-me de irmão
Com doçura e sem cobranças
Apenas no toque da Paixão
do sentido achado.
Que mesmo um viver de Pecados
Ao corpo da mulher desejada
Desfrutarei do dia sonhado
Em lábios de um fogo
Poderá ser o sol a me vitimar
Paixão do inefável
Seios que me atravessam
Corpo e Alma no desfalecer do Espírito:
"Virgínia me concede a honra
e casa comigo?"