Sussurros

Sussurrando bem-diz benzendo!

As perenidades - monstras - louvadas,

Camuflam os recantos resguardados

Das saudades anchas, peneiradas.

Abre-se fresta na janela do além,

E o iniciado - réstia - imerge afoito

Nas intimidades densas do tempo.

Insone sono serenoso de saudade.

Saudade: - umbralzinho sem tramela!

Luta que volta dos idos ventos anímicos.

Encapusada em cinzas, oh brasa pulsão,

Eido vivo que reascende viris vontades.

Sozinho o multirezante ajoelha infuso,

Arroga crispo, descarregos ao léu.

Aflitamente cauto, em espera vinha-se:

Do nunca para arguto sempre agora.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 17/09/2020
Reeditado em 19/09/2020
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