Sonho

Há uma borda acima de altos edifícios com belas paisagens onde ás vezes se deita para sentir, medo, liberdade e prazer.

Havia um vilarejo com uma ruazinha com o chão de paralelepípedos e lá embaixo no final da graciosa rua com casinhas estranhas corria um rio nos fundos do quintal da escola.

Alguém chamou o meu nome, a voz me soou familiar, virei-me para olhar e ele me disse que sair dela não significava abandoná-la, não adiantava correr, voe! Ele me disse, você agora tem asas, vai!

E eu voei por cima do mar azul meio esverdeado, e eu via e eu sentia. Depois o helicóptero pousou em uma pista no alto de um edifício. Fui caminhando até a margem, passei por hippies que tocavam tamborins e dançavam alegres, passei por uma moça vestida de preto que num breve aceno se despediu.

O medo ao pensar que sair e voar era perigoso, proibido e um tanto mortífero. Apertei as minhas mãos, senti o ar, havia algo naquele instante e ao me aproximar da “perigosa” liberdade o medo se foi. Deitei naquela borda a contemplar a imensidão da beleza e a singeleza de sentir.