Albergado no ser
Vida afora
Sigo faceiro
Abastado dessas andanças
Ah! Mui vezes cansa ...
Ai, logo me entrego a dança nessa ciranda
E nesse movimento de gira, encontro a cura interior
Permeado nesses enlaces
Entrelaces
Vou tecendo alianças
Descentrado
Cesso com toda essa agenda pragmática do tempo linear
Que muito nos consome
E o "ser", some
Desemaranhando as alienações
As urgências
Quantas querências
Que nos traz estados de mortificações
Em ritmo foliar
Mesmo contornado dos concretos que muito nos desordenam
Não temo, e abro-me em inflorescência
Ancorando nessa terra, diminutos frutos da pluralidade
E circulando nesses volteios
Floreio
Permeando a alma
Dos registros internos da bendita compreensão
E rente ao encontro da inteirice
As belezas me vestem da totalidade
Albergado no ser
Consagro, goles e goles de vida ...