RÓSEA
Assim pela metade eu a vi, lua!
Quisera vê-la inteira,
Plena de sua luz,
Por minha causa e por causa dos outros.
Pele iluminada em seu rosado porte,
Causa-me espanto tão única em sagrado corpo.
Vaga alta e soberana em lugar privilegiado,
No universo de seus movimentos desliza.
Paira e algo divino exala, lua,
Como se o vento trouxesse um perfume
E depositasse no espaço seu brilho cor opala,
Suave e quieta tal qual o mistério de um segredo, que não se quer revelar.
Dalva Molina Mansano
Setembro/20