ENTRE O SONO E A INSPIRAÇÃO (...)
Nem o cansaço pára a escrita,
Nas vestes de um aprendiz,
Soltei os devaneios, compus,
Em entrelinhas, tal igual poeta,
Calei o silêncio com último beijo,
E deixei a Hora Mágica,
Para matar aquela saudade e anseio(s),
Deixei-me no embalo da poética,
Onde tudo se inspira,
Das retinas embriagadas de sono,
Resmungam as pálpebras ao abandono,
Caio ao desespero da noite fria,
Pois, só estamos nós os dois,
Eu e a inspiração, nesse instante sem voz,
Na luta entre o escrever e o adormecer,
Rendo-me aos braços dos lençóis,
Buscando aqueles raios em sóis,
Que estes não me possam julgar,
Tal como os meus olhos,
E que me deixem apenas terminar,
As linhas que nascem nesse instante de sono (...)
(M&M)