Pátria Perdida
Oh, Pátria Perdida,
Como poderei te amar
Se abandonar teus filhos a própria sorte.
Oh , Pátria Perdida
É triste ver que teu povo heroico
Agoniza num mar de lamas e desespero
Jogadas em meio ao desemprego .
Desculpe , Mãe Gentil
Estamos deitados eternamente em berço esplêndido
Com lágrimas de sangue que banham o rosto de teu filhos
Enquanto morremos nos hospitais
Em busca de esperança de uma saúde precária.
Oh Pátria Amada,
Quando deverei te respeitar
Se abandonas seus filhos que vestem a sua cara.
Cadê a Ordem e o Progresso,
Se apenas vejo o regresso
Até com a possível volta da inflação?
Veja teus filhos guerrilheiros
Em meio a esta guerra urbana
Tentando sobreviver
A selvageria do seu cotidiano.
Oh Pátria Amada,
Quando poderei me libertar ?
Se teus filhos vivem escolhidos dentro de casa
Esperando não ser o próximo alvo.
Por que nos maltratam tanto,
Se vivemos para te amar
Quando poderei me acalmar
Se não tenho nem lar?
Quando poderei ter orgulho
Se me roubam até o último centavo.
Falta até ajuda de quem desvia nossa assistência,
Cansados de tanta exigência
E de governadores corruptos .
Deitados eternamente neste berço sujo,
Ao som de uma revolução
De um tal novo mundo.
Pobre Pátria Perdida
Teus filhos estão jogados a própria sorte ,
Sem esperança e nesta desconfiança
Quando poderei me colocar em primeiro lugar
E não ser apenas mais uma estatística
De bala perdida .
De teus filhos gentil