Pátria Perdida

Oh, Pátria Perdida,

Como poderei te amar

Se abandonar teus filhos a própria sorte.

Oh , Pátria Perdida

É triste ver que teu povo heroico

Agoniza num mar de lamas e desespero

Jogadas em meio ao desemprego .

Desculpe , Mãe Gentil

Estamos deitados eternamente em berço esplêndido

Com lágrimas de sangue que banham o rosto de teu filhos

Enquanto morremos nos hospitais

Em busca de esperança de uma saúde precária.

Oh Pátria Amada,

Quando deverei te respeitar

Se abandonas seus filhos que vestem a sua cara.

Cadê a Ordem e o Progresso,

Se apenas vejo o regresso

Até com a possível volta da inflação?

Veja teus filhos guerrilheiros

Em meio a esta guerra urbana

Tentando sobreviver

A selvageria do seu cotidiano.

Oh Pátria Amada,

Quando poderei me libertar ?

Se teus filhos vivem escolhidos dentro de casa

Esperando não ser o próximo alvo.

Por que nos maltratam  tanto,

Se vivemos para te amar

Quando poderei me acalmar

Se não tenho nem lar?

Quando poderei ter orgulho

Se me roubam até o último centavo.

Falta até ajuda de quem desvia nossa assistência,

Cansados de tanta exigência

E de governadores corruptos .

Deitados eternamente neste berço sujo,

Ao som de uma revolução

De um tal novo mundo.

Pobre Pátria Perdida

Teus filhos estão jogados a própria sorte ,

Sem esperança  e nesta desconfiança

Quando poderei me colocar em primeiro lugar

E não ser apenas mais uma estatística

De bala perdida .

De teus filhos gentil

O Amante das Palavras
Enviado por O Amante das Palavras em 12/09/2020
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